Monday, March 11, 2013



Não quero falar das paixões que envolvem dois sexos.
Não quero limitar a vida a um pulso sanguíneo.
Não quero trazer o toque para o eterno.
Não quero resumir a vida às paixões bem sucedidas.

Estou aqui falando de fracassos.
Desses que vejo todo dia.

Os fracassos de anos atrás, os fracassos de ontem...
Nada me toca mais do que os fracassos.

A dor do fracasso é dilacerante, torna todo o resto sem sentido.
Fracassar é pros fortes e o amar é pros fracos?
Ou amar é pros fortes?

Me disseram que o negócio é perdoar.

O ponto é que quando não há amor, só os fracassos aparecem.

Eles aparecem como cenas de filmes inesquecíveis. Aparecem com atores da vida real, encenando apenas o que o roteiro imaginário pode reproduzir. Real ou não, as cenas aparecem. Oras menores, oras maiores, nunca da mesma proporção de que de fato aconteceram.

A intensidade do fracasso tem um dom engraçado... Ele sabe acompanhar exatamente a proporção do amor.

Quanto maior você lembra do amor, maior a sensação de fracasso.
Quanto melhor o abraço, maior a dor de ter fracassado.

É por isso que não falo mais de amor.

Meu otimismo me fez olhar pro lado menos sombrio... 
Porque mais sombrio do que o fracasso, é a dor de sentir falta daquele abraço.

1 Comments:

Blogger Patrícia Pinna said...

Boa tarde, Paula. Estive lendo seus poemas e eles são muito bons e não são para serem comentados de qualquer modo.
Gosto de comentar com a minha alma, por essa razão, não o farei agora.
Estive procurando o lugar pata seguir seu blog, mas creio que você não abriu para seguidores, lamentável.
De qualquer modo, parabéns pelo blog.
Beijos na alma e paz!

10:56 AM  

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